Estas duas
- Irina Vaz Mestre
- 19 de dez. de 2017
- 2 min de leitura
Estas duas dão-se bem.
Na verdade, a baby Cocas vibra com as irmãs. Quando as vê, começa logo a abanar as pernas, a rir e a palrar. Se já conseguisse, saltava-lhes para cima.
Mas é giro ver a relação da F. com a Cocas. E é giro ter um bebé com um irmão já mais velho, com uma idade que já nos descansa a nós, mães, quando precisamos de uma ajuda milagrosa naqueles momentos em que temos mil e uma coisas para terminar e mais um bebé a chorar não é das coisas que queremos na nossa lista.
Esta mana F. colabora imenso comigo. E delira, porque já vai percebendo que a baby Cocas sossega com ela. Isso é que é vê-la sentir-se muito valorizada. Toda ela brilha quando lhe peço para ir um bocadinho para ao pé da bebé, para a distrair, e quando a Coquinhas começa logo a sorrir quando a vê aproximar-se.
Estas duas dão-se bem.
E sinto que com esta bebé, esta mana gosta de ser a mais velha, e não se importa nada com o que de menos positivo pode haver no facto de se ser mais velha. Porque com esta irmã, a F. consegue ver e sentir algumas coisas que lhe alimentam a alma: ser um modelo a seguir, ser uma proteção e ser escolhida para poder cuidar.
Porque no fundo, esta minha filha mais velha só se quer sentir especial. E ela ainda não percebeu que, se ela própria não se sentir especial, nunca vai conseguir sentir o quão especial os outros sentem que ela é.
E esta é uma batalha para outras guerras. E esta é mais uma cena para os próximos capítulos, da série que eu realizo [e que vai ter o fim que eu tanto desejo].




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